Eu e as minhas manias [1]


Numa troca de mensagens, despediram-se assim de mim: "... bjs com sds, miga."

Sei que é implicância minha, mas abreviar palavras parece deixar tudo com menos importância. 

Abreviar sentimentos ... nunca! Não gosto MESMO (“sds” NÃO tem o mesmo peso de “saudades”; “bj” NUNCA será tão bom quanto “beijo”; "miga" JAMAIS será tão intenso quanto "amiga"…).

Eu sou assim: ou sinto, ou não sinto. E quando sinto, sinto inteira…nunca em siglas!

Pergunta do dia: "Dona, e aqui...posso estar?"



O Gui aprecia a variedade de estímulos!

Quando o surpreendo em situações como a da fotografia fico sempre dividida entre a repreensão e o riso!

Depois de decidir adotá-lo, comentei com uma amiga (muito amiga de gatos!): “Com o tempo ele vai se habituando ao que deve e não deve fazer”. Ao que ela respondeu: “Li, com o tempo, tu é que te vais habituando ao que ele gosta e não gosta de fazer!”.

É viciado/a no Facebook?! Faça o teste...


"As mulheres e os jovens são o grupo mais suscetível de ficar dependente da rede social. A investigadora usou uma escala para medir o vício. Saiba o grau da sua dependência.
Como no caso das drogas ou do álcool, o vício em Facebook também se pode medir. Um estudo conduzido na Universidade norueguesa de Bergen pela psicóloga Cecilie Schou Andreassen, não só encontrou uma escala para fazer essa avaliação, como concluiu que os sintomas da dependência da rede social são semelhantes aos da adição química.
Através da pesquisa realizada em janeiro de 2011, com testes realizados a 423 estudantes - 227 mulheres e 196 homens -, Cecilie concluiu que os principais dependentes do Facebook são as mulheres e os jovens. Os traços de personalidade também influenciam.
São mais susceptíveis de "postar" no vício as pessoas tímidas, ansiosas e com maiores dificuldades de relacionamento social. Indivíduos mais organizados e ambiciosos estão, à partida, mais defendidos.
Os dados podem não ser exactamente surpreendentes, mas resultando eles de um estudo científico (é apresentado como o primeiro no mundo), dão outro enquadramento a pesquisas futuras e até a formas de tratamento para quem se queira libertar da dependência."

Faça teste AQUI
Fonte: Expresso

"Filhos do Divórcio"


"O divórcio dos pais é uma realidade confusa para as crianças, quando os têm juntos dentro de si; daí insistem tanto em reaproximá-los por fora." Eduardo Sá

Ilustração de Joana Graça
[Ilustração publicada na
Revista Pais e Filhos, 2008]
Apesar do ideal ser ter a família unida, com o divórcio a criança torna-se mais forte, amadurece mais cedo e o tempo que passa com os pais ganha mais qualidade (Poussin & Martin-Lebrun).

São muitos os autores que têm estudado o impacto do divórcio do casal nos seus filhos. Em 1991, Amato e Keith utilizaram uma técnica intitulada de meta-análise. Compararam 13 mil crianças desde o pré-escolar e concluíram que as crianças, filhas de pais divorciados, apresentam mais problemas do que as crianças filhas de pais juntos.

Esses problemas residiam especificamente num rendimento escolar mais baixo, problemas ao nível do comportamento, dificuldades sociais, um menor ajustamento psicológico, um autoconceito baixo e relações mais conflituosas, tanto com as mães como com os pais, repercutindo-se na sua vida adulta.

Porém, de acordo com Amato, as diferenças encontradas não assim tão grandes, o que sugere que o divórcio não é tão severo e não causa tanto stresse como outras situações negativas que podem ocorrer na infância.

O que novos estudos vêm demonstrar é que os problemas destes filhos nascem do conflito entre o casal e não da situação de divórcio.

Amato e Keith tentaram também verificar algumas variáveis anteriormente estudadas, como o sexo, a idade, a etnia e puderam verificar que, ao nível da variável sexo, o divórcio tem efeitos mais negativos ao nível do ajustamento social (popularidade, isolamento, cooperação) no caso dos rapazes. RAZÕES: 1) as raparigas são socialmente mais competentes; 2) os rapazes são naturalmente mais agressivos.

Em relação à variável idade, Amato refere dois autores muito importantes neste campo, Wallerstein e Kelly, que constataram que as crianças no pré-escolar não compreendem o divórcio dos pais, na medida em que estão ainda a desenvolver as suas capacidades cognitivas (ainda não têm maturidade suficiente). Desta forma, estas crianças acabam por ficar confusas em relação ao divórcio dos pais e chegam a pensar, inclusivamente, que elas são as culpadas pela saída de um dos pais de casa, tal deve-se ao egocentrismo típico da idade.

Wallerstein, Kelly e Trianes entendem que são as crianças desta idade que estão mais sujeitas ao stresse que esta situação provoca, todavia ajustam-se melhor do que outras crianças com idades superiores na altura do divórcio dos pais.

Por altura da escola primária, as crianças têm já maturidade suficiente para compreender esta situação, no entanto este entendimento torna-as tristes e com pena pelo pai que saiu de casa, podendo até conduzi-los a um estado de depressão ou de agressão face a um dos pais ou até mesmo em relação aos dois. Granjan constatou que a dificuldade de representar a separação dos pais pode traduzir-se em agressividade, que se manifesta através de atitudes como caprichos constantes, brinquedos destruídos, bater de portas, birras, etc.

Quando a separação ocorre entre os 6 e os 8 anos, a criança sente muitas saudades do pai visitante, porém sente-se muito ligada à mãe com quem vive, passando por um conflito emocional, que pode prejudicar a sua aprendizagem da leitura e da escrita, pois a sua energia está canalizada noutras coisas que não a escola.

Entre os 9 e os 12 anos, a criança compreende melhor a realidade e, tendo mais mecanismos de adaptação, acaba por investir nas atividades escolares e extracurriculares, não conseguindo, no entanto, esconder os sentimentos de rejeição face ao pai que saiu de casa.

No caso dos adolescentes, a situação é menos pesada, porque estes já não são tão dependentes da família e, por isso mesmo, não sofrem os efeitos diretos do divórcio dos pais. Contudo, não deixam de sentir alguma raiva e chegam a pôr em causa a sua própria capacidade de manter uma relação a longo termo com alguém.

No entanto, a separação faz com que os filhos ponham em causa o seu sentido de estatuto social e de pertença, já que o seu agregado familiar sofreu alterações, o que se reflete na sua autoestima, e por existir ainda algum preconceito em relação às famílias monoparentais, que são vistas como uma tragédia e fracasso.

Também Ricci entende que a panóplia de sentimentos e dúvidas que povoam a criança nessa altura pode levá-la a desenvolver maus hábitos. Como têm medo e se sentem infelizes, podem tornar-se agressivas, conflituosas, birrentas, envolver-se com mais regularidade em lutas ou tornar-se mais reservadas, depressivas ou hipersensíveis.

Se os conflitos entre os pais cessarem com o divórcio, é natural que poucos anos depois a criança já esteja adaptada à sua nova vida familiar e concentrada nas tarefas próprias da sua idade. No entanto, os estudos de Wallerstein sobre filhos de pais separados mostram que estes continuam a desejar a reconstituição da família original até aos 14 ou 15 anos. Deste modo, é importante que os pais percebam que os filhos precisam de tempo para assimilar as novas informações, porém a sua adaptação torna-se mais fácil se os pais falarem com eles sobre as razões do divórcio, sem descurarem a relação que construíram.

Berger chega inclusivamente a defender que aqueles que exteriorizam os seus sentimentos, em conversa com os pais, atravessam o divórcio com menos dificuldade. No entanto, “não basta que os pais informem os filhos com toda a honestidade do que se passa, é desejável que lhes perguntem com muito tato o que pensam e sentem”.

Pelo exposto, é compreensível que a criança canalize a sua energia para a separação dos pais e que, por essa mesma razão, algumas áreas da sua vida sejam afetadas, daí que seja importante que os pais conversem com os filhos, explicando-lhes que os motivos que levaram à separação não estão relacionados com eles, retirando-lhes pouco a pouco a culpa que possam sentir no seu interior.

Concomitantemente, um ambiente estável e a continuação das rotinas familiares diárias são fatores muito importantes para as crianças menores, por lhes transmitirem segurança e estabilidade, apesar dessas regras (casa da mãe e casa do pai), tornarem-se uma grande escola de adaptação a regras sociais e confronto com a adversidade, tornando-os mais flexíveis.

***
SUGESTÕES:
  • Berger, M. (2003): "A Criança e o sofrimento da separação" (2 ed), Lisboa: Climepsi Editores
  • Poussin, G. & Martin-Lebrun, E. (1999): "Os filhos do divórcio - Psicologia da Separação Parental", Lisboa: Terramar
  • Trianes, M.J. (2004): "O Stresse na infância". Lisboa: Edições Asa
  • Ricci, I. (2004): "Casa da Mãe, Casa do Pai - Um Guia para Pais Separados, Divorciados ou que voltaram a Casar". Lisboa: Edições Sílabo.

A Musicoterapia no combate ao cancro

Mesmo quem não costuma ouvir música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven.
Descobriu-se agora que o "pam-pam-pam-pam", que abre uma das mais famosas composições da História, é capaz de matar células tumorais (em testes de laboratório).

Uma pesquisa, do Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao cancro de mama, a meia hora da obra. Uma em cada cinco delas morreu. Esta experiência abre uma nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.

A estratégia, que parece estranha à primeira vista, procura encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o cancro. Em vez da radioterapia, quem sabe não seja possível um dia fazer uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.

“Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam uma componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo” - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.

Como as MCF-7 se duplicam a cada 30 horas, Márcia Capella esperou dois dias entre a sessão musical e o teste para analisar os efeitos. Neste prazo, 20% da amostra morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade.

O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia Capella. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.

Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal - pondera a pesquisadora. - Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.”

"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?

Em parceria com a uma equipa que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade. 
Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros géneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.
Ainda não sabemos que música e qual o compositor que vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa” - diz a pesquisadora. 
Fonte: HypeScience




(Gosto da"Quinta Sinfonia", mas  "Atmosphères" é uma verdadeira viagem auditiva! Oiçam :))

QUESTION OF THE DAY: "Is Ignorance Really Bliss?..."


Frase do dia: "...onde quer que eu vá, aí estás tu! Minha sorte. Minha sina. Meu destino...!"[16]

Não é uma viagem
As viagens terminam, 
mas nós continuamos.
O mundo move-se
e nós movemos com ele.

Planos perdem-se
Sonhos instalam-se
Mas onde quer que eu vá
Aí estás tu!
Minha sorte
Minha sina
Meu destino
....
CHANEL N.º5
Inevitável
                                 

Parte 1 - There you are

Parte 2 - Wherever I go

Pensamentos Soltos: "Não existe falta na ausência"


Ontem, durante atendimento, a “cuidadora” de uma jovem partilhou comigo: “Sabe, a S. já não tem mãe” (…)
A conversa foi de manhã e durante todo o dia esta frase não me saiu do pensamento: "...já não 'TEM' mãe”.
Como é possível deixar de "TER" mãe? ...Não é.
Por não conseguir conceber a falta na ausência física de uma mãe, substituo sempre o "TER" por "ESTAR". 
Já não está comigo, mas continua a existir em mim e através de mim. Dou-lhe voz e dar-lhe-ei sempre.
É por a "TER" que eu sou. É por a "TER" que eu sou como sou.

Objetos deixam-se de “TER”. 
UMA MÃE  “TEM-SE PARA SEMPRE"

Frase do dia: "Por vezes, a solução está em intervir em contingências simples, 'nas pequenas coisas da vida'." [15]


Este fim-de-semana resolvi rever um dos meus filmes favoritos: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain". 
Um filme de rara sensibilidade e inteligência, atuações perfeitas e uma banda sonora maravilhosa (pode ouvir AQUI )
E, além de tudo isso, é uma verdadeira aula Behaviorista – “programação de contingências” (Amélie Poulain torna-se numa hábil programadora de contingências, intervindo nas condições da sua realidade envolvente e, com isso, mudando para melhor a vida daqueles que conhece).
Dúvidas? Continue a ler...
Logo no início do filme entendemos que o tema principal é a solidão (a verdadeira vilã contra a qual Amélie lutará)...





Amélie teve uma infância muito solitária. Ficou cedo sem mãe e foi educada em casa. Contou apenas com o pai, homem deprimido após a viuvez.






Aos 28 anos, decide ir morar sozinha  para os subúrbios de Paris, onde consegue um emprego num Café.
Vive uma vida privada de amigos, sem namorado, sem amor, contando apenas com um pai deprimido que mora longe.

Mas um dia algo inesperado ocorre. Por pura casualidade, Amélie encontra uma caixa que havia sido perdida há décadas por um menino. Trata-se de um verdadeiro tesouro da infância de alguém. Amélie resolve encontrar o dono, já um senhor, e devolve-lo.

E é isso que ela faz. Agindo como detetive, descobre o dono, chamado Bretodeau, e prepara uma situação extraordinária para lhe devolver o tesouro da sua infância sem que ele saiba quem o entregou.
Assim que vê o seu tesouro, o senhor Bretodeau, um homem de 50 anos, triste e solitário, recorda-se da sua infância feliz, o que o emociona:
Bretodeau decide que voltará a valorizar a vida. (Uma espantosa recuperação espontânea de
comportamentos já extintos relacionados com a procura da felicidade).

Amelie, satisfeita, entende que o que fez com Bretodeau foi apenas uma experiência-piloto. Ela decide fazer o mesmo com outras pessoas: ajudar a humanidade a ser mais feliz.


Ainda embalada pelo seu primeiro sucesso, faz uma segunda experiência, de baixo custo: ajuda um mendigo cego a chegar ao metro.
Porém ela faz mais do que isso: no caminho, descreve de forma poética o que se podia ver na rua, explicando o que estava a gerar os sons, os cheiros, as texturas que cego podia sentir. Quando é deixado no metro, o mendigo sentia-se em êxtase pela experiência sensorial que a jovem misteriosa lhe proporcionou!



Nessa altura, Amélie já entendeu que tem o poder de intervir nas contingências, alterando-as para ajudar as pessoas. 
Continua... 
Resolve aproximar dois solitários que conhecia de seu emprego no café.

Amélie inventa uma história... Diz ao Joseph ( que ama Gina, que não quer nada com Joseph) que Georgette (quarentona solitária e hipocondríaca que não ama ninguém) está apaixonada por ele. E diz o mesmo de Joseph à Georgette.
Resultado: após alguns truques de Amélie, ambos acabam por se apaixonar mesmo e começam uma relação intensa, que os tira da solidão e os leva à felicidade a dois. 

Agora é a vez de Amélie ajudar outra pessoa: Hipolito, um escritor frustrado, sem sucessos editoriais.
Como Amélie resolveu ajudá-lo? Escreve um trecho de uma obra sua numa parede da rua onde ele costumava passar todos os dias:
Feliz da vida por ter finalmente recebido um reforço positivo pelo seu trabalho, Hipolito continua o seu trajeto assobiando e motivado.




Finalmente, depois de todos estas experiências bem-sucedidas, Amélie sente-se hábil para ajudar uma pessoa mais íntima: o seu pai.
E a forma que encontrou para o fazer é hilariante. Como o seu pai não a ouve e não está sensível à sua própria solidão de viúvo, Amélie encontra uma forma criativa de lhe dizer: "Pai, vá viajar e aproveite a vida". Amélie providencia que um anão do jardim do pai cruze o mundo. Nos diferentes destinos da viagem do anão, alguém o fotografava num determinado ponto turístico e enviava cada uma dessas fotografias para o pai.




Injuriado com a felicidade do anão viajante, o pai de Amélie finalmente entende o conselho. Ou melhor, a operação estabelecedora (geradora de "motivação", que aumentou o reforço para viajar) foi forte demais: o pai pega nas malas e vai ele mesmo viajar, para aproveitar a vida, como o anão fez (um caso curioso de modulação!)
E, só no final do filme, é que Amélie, recebendo alguma ajuda de seus amigos, consegue ajudar uma última pessoa solitária a encontrar a felicidade: ela mesma!
Este belíssimo filme é sobre solidão (privação social e amorosa) e sobre como a solução está em intervir em contingências simples, nas "pequenas coisas da vida". Amélie descobre que já que o mundo está cheio de pessoas solitárias, basta dar uma ajudinha ("arranjar as contingências") para fazer com que a solidão desapareça, fazendo com que essas pessoas se liguem umas às outras e, assim, à vida!

Amigo Aprendiz

'Amigo aprendiz', uma das canções do último disco de Rodrigo Costa Félix, com música de Tiago Bettencourt e poema de Fernando Pessoa, foi selecionada pela revista norte-americana The Atlantic para integrar a lista das 12 baladas "épicas" para ouvir em 2012, sendo que a revista fez questão de não escolher nenhuma balada cantada em inglês.

Esta canção, integra o mais recente álbum do fadista, 'Fados de amor', editado em Maio passado pela Farol. O disco surgiu como o primeiro CD da história do fado em que a guitarra portuguesa é integralmente interpretada por uma mulher, neste caso a guitarrista Marta Pereira da Costa, mulher do cantor.

A revista norte-americana, publicação de referência de temas da atualidade política, económica e cultural, com sede em Washington, destaca a capacidade inovadora de Rodrigo Costa Félix de não se deixar amarrar à tradição fadista, cuja figura maior e mais amada é Amália Rodrigues, e destaca as suas suspensões, "na interpretação contida", "harmoniosamente apoiada pelos atentos acompanhantes".
Clique AQUI para aceder à lista da revista The Atlantic.


Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos,
Nem tão longe e nem tão perto,
Na medida mais precisa que eu puder.
Amar-te sem medida,
E ficar sempre em tua vida
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar.
Sem calar quando for hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.

É bonito ser amigo,
Mas confesso,
É tão difícil aprender,
E por isso, eu te suplico paciência
Vou encher esse teu rosto
De lembranças,
Dá-me tempo
De acertar nossas distâncias

 (Amigo Aprendiz – Fernando Pessoa)

Já falei sobre este poema AQUI

Frase do dia: "Mesmo na falta de sentido para este sentir. Eu sinto, sinto muito, sinto demais!" [14]


Verbo que me define? Diria que é o verbo SENTIR. Eu sinto, sinto muito, sinto demais! Tudo. Todos. 

Mesmo quando tento não me envolver. Mesmo quando tento me esconder. Mesmo quando tento não me mostrar. Mesmo quando tento disfarçar... Mesmo na falta de sentido para este sentir. Eu sinto, sinto muito, sinto demais! Tudo. Todos.

E é por isso que às vezes as coisas magoam tanto. E é por isso que as minhas tristezas são profundas. E é por isso que o pouco me diz tanto. E é por isso que as minhas alegrias são INTENSAS.

Não tenho solução. O meu coração será sempre a minha razão!

Tu és


És sorriso, és emoção e acelerar da pulsação.
És verso. Planeta do meu universo.
És segredo, és verdade e és a minha vaidade.
 És rima, és refrão.
 És o alimento da minha paixão.
És prosa, és poesia.
És motivo da minha alegria.
És conteúdo dos meus sonhos, és tema do meu imaginário.
E dos meus dias és cenário.
És cegueira da minha razão e coragem do meu coração.
És danças. Centelha das minhas esperanças.
És inspiração pra minha palavra….És estímulo.
És frase, parágrafo, introdução, capítulo…
...
Sim, te desejo como história sem fim.

Pensamentos Soltos - "Les Jours Tristes"

A dor dói, magoa, mas é uma oportunidade de crescimento e não há dores que venham por bem...são as grandes oportunidades para nos interpelarmos e para nos transformarmos...só precisamos de sabedoria para avaliar as situações pela perspetiva mais positiva e construtiva.

Não sei bem como seria a vida sem sofrimento, desgraça ou tragédia… O que sei é que quanto mais lavrado o solo, melhor será a colheita!
Yann Tiersen - Les Jours Tristes


04 Outubro: Dia Mundial do Animal

Eu que sempre me considerei meio gato, meio gente... Desconfiada e independente...Não tinha nos meus planos "adotar" um gatinho, mas...
Em Agosto, num dia de muito calor, encontrei esta "criaturinha" abandonada na berma da estrada e no meio do nada…
Ato Reflexo: Parei o carro...

Naquele momento, o meu coração sussurrava: “Se ficar aqui não resiste. Tenho de o levar…”
A minha razão questionava: “E depois? O que faço com o gatinho?”
Mas ele antecipou-se e... CATIVOU-ME!! 

Apresento-vos o Gui...

Há 15 dias comigo :)
Há 1 mês comigo :)

Disseram-me: “Não te vais arrepender, sabes porquê? Porque eles são leais, amigáveis e sociáveis... Porque eles apreciam a companhia de jovens e velhos de igual modo... Porque eles são sensíveis aos nossos estados de espírito e partilham connosco o mesmo nível de entendimento... "


ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: Curiosidades

Bem-Estar Geral
Os animais de estimação proporcionam companheirismo e, de um modo geral, fomentam uma sensação de bem-estar.
Um animal de estimação pode agir como estímulo social. Uma caminhada pelo parque ou uma visita ao veterinário dá-nos a oportunidade de conhecer e falar com outras pessoas. Os estudos têm vindo a demonstrar que as pessoas que levam um cão a passear têm encontros muito mais positivos do que as pessoas que fazem um passeio sozinhas. Um animal de estimação pode servir para “quebrar o gelo”, sendo um tema de conversação.
Ter um animal de estimação também significa ter que fazer o esforço de sair de casa, comprar alimentos e fazer exercício. A rotina, o sentido de propósito e a sensação de realização ao cuidar de um animal de estimação traz significado à vida de muitas pessoas que vivem isoladas, ajudando a combater a depressão e a solidão.

Diminuir o Stresse
Fazer festas a um animal de estimação ou estar simplesmente a observar peixes num aquário ajuda-nos a relaxar. Mesmo estar com um animal de estimação tem um efeito calmante. O relaxamento que sentimos pode ser medido na forma de uma pulsação cardíaca mais lenta e uma diminuição na pressão arterial.
Estudos têm demonstrado que essa redução é percetível particularmente nas pessoas que sofrem de hipertensão. A redução na pressão arterial devido ao facto de se possuir um animal de estimação é a mesma que se consegue se passarmos a ter uma alimentação pobre em sal ou se diminuirmos o consumo de álcool.
Ter um animal de estimação também pode ajudar a reduzir o risco de asma, bem como ajudar-nos a lidar com a morte de um companheiro de toda uma vida.

As Crianças e os Animais de Estimação
Muitas crianças adoram ter um animal de estimação, sendo que os cientistas têm vindo a descobrir os devidos benefícios.
As crianças que possuem animais de estimação tendem a ter mais confiança em si próprias e a ser mais sociáveis e menos egoístas do que as crianças sem animais de estimação. Num estudo levado a cabo na Alemanha, 90% dos pais achavam que o seu cão desempenhava um papel educativo junto dos seus filhos pequenos, e que melhorava a qualidade de vida da criança. 80% das crianças entrevistadas achavam que o cão delas era sobretudo o seu amigo e confidente. 
Também os adolescentes podem beneficiar disso. Um estudo a jovens residentes em grandes cidades descobriu que aqueles que tinham cães estavam mais contentes com a vida, tendo uma relação mais positiva com os adultos. Pode haver um importante papel a desempenhar pelos cães na prevenção da delinquência, terapia para os jovens desempregados e outros, como, por exemplo, toxicodependentes. 
No Great Ormond Street Children's Hospital em Londres, as visitas semanais de animais de estimação ajudaram as crianças a ultrapassar a depressão causada por um longo internamento, bem como pelos tratamentos clínicos desagradáveis.
A presença de um cão numa sala de aulas para crianças com graves dificuldades de aprendizagem foi notável na forma como susteve o seu interesse e atenção nas aulas.

Manter os Idosos Activos
Num estudo canadiano que envolveu mais de mil pessoas, o Dr. Parminda Raina descobriu que os idosos com animais de estimação conseguiam lidar melhor com as atividades do dia-a-dia do que os que não os tinham. Também verificou que os idosos donos de animais gastavam menos com a saúde do que aqueles que não tinham animais de estimação.
Um outro projeto de pesquisa descobriu que um grupo de idosos que vivia em habitações residenciais, a quem foram dados periquitos, lidava melhor com outros aspetos do processo de envelhecimento.



A Química das Cores de Outono

A explicação de como a beleza do Outono é também a beleza da Química!
No outono, as folhas das árvores abandonam o verde e brindam-nos com uma bela paleta de amarelos e castanhos, a que se juntam tons laranja, vermelho e roxo. E a química explica porquê!


Mau comportamento é fruto da educação dada pelos pais desde o berço




"As práticas educativas parentais desde o nascimento dos filhos são responsáveis, em noventa por cento dos casos, por comportamentos inadequados como o bullying e a indisciplina escolar, defende em livro o investigador e psicólogo Luís Maia.

E Tudo começa no Berço, é o título do livro de Luís Maia, no qual o autor defende que é desde o nascimento da criança que se desenvolvem grande parte das suas características, positivas ou negativas.
"Perdoem-me pais, mas a culpa de muitos de nós não termos controlo sobre o comportamento dos nossos filhos, estou convencido, não é dos filhos, nem da sociedade: é nossa", escreve o autor alertando para a necessidade de os pais estarem mais presentes na vida dos filhos.

Partindo de exemplos práticos, Luís Maia pretende demonstrar como a desresponsabilização dos membros familiares e educadores próximos das crianças e adolescentes apenas contribui para a acomodação a uma sociedade desumanizada.
Então haverá ou não uma relação entre o comportamento das crianças e a forma como são educadas desde bebés? Na opinião do psicólogo, baseada em 20 anos de prática clínica, essa relação é bem evidente e manifesta-se em 90 por cento dos casos.

"Na minha opinião cerca de 90% da responsabilidade do comportamento inadequado das crianças e adolescentes está sedeado nas práticas educativas nos primeiros dias e anos da criança", diz Luís Maia, adiantando que na maioria dos casos são os pais que precisam de ajuda para se reorientarem na educação dos seus filhos.

Luís Maia explica que nos milhares de casos que já atendeu, quando começa a investigar as causas dos comportamentos inadequados das crianças quer sejam de indisciplina escolar, de violência contra os pares ou de outras atitudes antissociais, na maioria das vezes os pais foram orientados percebendo que eram as suas práticas educativas que deveriam ser alteradas.

A má prática educativa, explicou, ocorre em todas classes socioeconómicas e mesmo em ambientes familiares normais quando por exemplo os pais se desautorizam em frente à criança, quando quebram rotinas ou quando delegam competências.

A sociedade, defende o autor, desaprendeu a arte de educar os filhos e a comportarem-se em sociedade, delegando nas estruturas essa responsabilidade. Uma aposta que considera errada."

Fonte:
SIC Notícias